Em novembro decorreu a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos entre os dias 18 a 26, com a temática as “embalagens”. Esta é a maior campanha sobre prevenção de resíduos a nível europeu, todos podemos fazer parte dela e ter um papel ativo.
Este tema surge do projeto cofinanciado pelo programa LIFE+ da Comissão Europeia que impulsiona a redução e reutilização de materiais através da difusão do conceito de prevenção de resíduos.
É a segunda vez na história que a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos se foca na questão das embalagens, sendo que a primeira vez foi na edição de 2016. Sete anos depois, a reflexão sobre este tema continua a ser fundamental em termos da quantidade de resíduos produzidos, pois o seu consumo foi impulsionado com o aumento do setor do comércio eletrónico, ao invés do pretendido, reduzir a quantidade de resíduos.
A campanha focou-se no forte impacto ambiental das embalagens, fornecendo ideias e apoio para promover um comportamento de consumo mais sustentável.
Os principais objetivos da dinamização desta semana foram:
Existem milhões de pedaços de plástico nos nossos oceanos e este cenário piora a cada dia.
Vem das nossas ações e consumos diários de embalagens de plástico.
Acredita-se que caso não exista uma tentativa de intervenção na melhoria destes sistemas, a quantidade de plástico espalhado pelos oceanos deverá triplicar numa década. Todo o plástico nos oceanos não significa apenas um problema para a vida marinha, mas também para todos nós.
No quotidiano, as embalagens ajudam-nos a conter, proteger, transportar e até apresentar uma grande variedade e tipologia de produtos. Estas estão presentes em todas as etapas da cadeia de abastecimento, do produtor ao consumidor. A utilização de plástico pode por vezes ser inevitável, uma vez que serve muitos propósitos e desempenha um papel vital na nossa vida quotidiana. No entanto, as embalagens têm um enorme impacto ambiental. As embalagens são o maior consumidor de matérias-primas virgens, 40% dos plásticos e 50% do papel utilizados na EU destinam-se à produção de embalagens, ao passo que, no final de vida, representam 36% dos resíduos sólidos urbanos. Os números de embalagens aumentaram muito nos últimos anos, o que leva a um aumento significativo das emissões de CO2, a uma sobre-exploração de recursos naturais, à perda de biodiversidade e poluição. Assim, estas ações são importantes para a sensibilização sobre recursos sustentáveis e gestão sustentável de resíduos.
Existem já dados que levam a crer que a pandemia pode ter acentuado ainda mais esta tendência, uma vez que assistimos a um aumento das vendas pela internet, ao aumento das vendas de alimentos consumidos em casa e nos supermercados ao invés de nos restaurantes e o aumento da entrega de alimentos preparados para levar ou preparar nas nossas casas.
Quando uma embalagem se torna um resíduo, é classificada como renovável ou não renovável, e entre 2012 e 2020, a quantidade não renovável aumentou. A situação é ainda agravada, pela falta de infraestruturas de reciclagem e falta de rentabilidade do processo de reciclagem de embalagens recicláveis, cujo custo sobrecarrega os orçamentos das autoridades públicas locais e regionais, sendo por isso e, por vezes, o seu destino final, o aterro. Para agravar ainda mais a situação, existe ainda uma parte relevante que ainda não é coletada, o que afeta o meio ambiente e, nos últimos anos temos assistido a um agravamento principalmente no meio marinho.
Para dar resposta a esta problemática, em dezembro de 2020, a Comissão estabeleceu o objetivo de que todas as embalagens fossem reutilizáveis ou recicláveis de uma forma economicamente viável até 2030. Esta medida tem como objetivos reduzir o número de embalagens, resolver o excesso de embalagens e, portanto, os resíduos daí resultantes.
A prevenção de resíduos para reduzir o impacto ambiental das embalagens é fundamental, pois o impacto ambiental da embalagem varia de acordo com o material. Os relatórios de alerta rápido da Comissão Europeia revelam que o plástico é o fluxo de resíduos de embalagens que mais representam um desafio em termos de reciclagem.
Muitos estados membros poderão não conseguir cumprir com as metas de reciclagem para as embalagens, isto porque ainda não existem estratégias bem definidas e implementadas para a recolha seletiva de resíduos de embalagens plásticas. Isto suporta ainda mais a importância de promover a gestão adequada dos resíduos de embalagens, uma vez que a reciclagem, só por si, pode não conseguir dar resposta.
Cada setor desempenha um papel fulcral na gestão de resíduos, nomeadamente de embalagens plásticas, e os estabelecimentos do setor alimentar têm também o seu papel. Assim, é importante perceber como o seu estabelecimento pode melhorar a gestão das embalagens plásticas:
Através desta iniciativa é possível destacar o trabalho desenvolvido neste âmbito por todos e criar uma sinergia que nos permita seguir no melhor caminho do combate ao desperdício. Vamos tomar medidas para parar com o desperdício!
A SARA HACCP é uma ferramenta tecnológica que pretende ajudar as empresas do setor alimentar a desmaterializar os processos e registos do HACCP.
Para uma demonstração aceda aos planos SARA HACCP.
Este artigo foi escrito em parceria com a DIG-IN®
Conheça a DIG-IN
Fonte (DIG-IN)