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Biotoxinas Marinhas

O mundo marinho é vasto e fascinante, é o habitat de uma grande diversidade de fauna e flora. As microalgas, embora minúsculas, podem ter um impacto significativo na segurança dos alimentos. Essas microalgas são capazes de produzir biotoxinas, substâncias que, quando presentes em bivalves, podem levar a intoxicações alimentares perigosas para os seres humanos. Neste artigo, vamos explorar o que são as biotoxinas, como afetam bivalves e o que precisa de saber para proteger a segurança dos seus clientes ao desfrutar destas iguarias.

O Que São Biotoxinas?

As biotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por algumas microalgas que fazem parte da cadeia trófica marinha. Essas toxinas podem ser encontradas em diversos tipos de bivalves, como mexilhões, conquilhas e berbigões, representando um sério risco para a saúde humana quando consumidos.

Tipos de Biotoxinas e Intoxicações Associadas

Existem três principais tipos de biotoxinas associadas a intoxicações alimentares em bivalves:

1. Intoxicação do tipo DSP (Intoxicação Diarreica):

Esta biotoxina é responsável por intoxicações agudas, apresentando sintomas como vómitos, dores abdominais e musculares, fraqueza e cefaleias. Os sintomas geralmente surgem de meia hora a algumas horas após o consumo de bivalves contaminados. Concentrações mais elevadas da toxina ocorrem em mexilhões, conquilhas e berbigões. Quando a presença da toxina persiste por várias semanas, áreas costeiras podem ser interditadas para a captura e comercialização de bivalves vivos.

2. Intoxicação do tipo ASP (Intoxicação Amnésica):

As biotoxinas deste tipo podem causar sintomas que variam desde náuseas leves até perda de equilíbrio, confusão e perda de memória, afetando o sistema nervoso central. Os sintomas gastrointestinais geralmente aparecem 24 horas após a ingestão do bivalve contaminado, seguidos por sintomas neurológicos após 48 horas. Essas biotoxinas são mais comuns em bivalves que habitam fundos arenosos, como amêijoas e berbigões.

3. Intoxicação do tipo PSP (Intoxicação Paralisante):

A intoxicação paralisante é caracterizada por sintomas neurológicos, como formigueiro, dormência dos lábios e das pontas dos dedos, sonolência e discurso incoerente. Em casos graves, a paralisia respiratória pode levar à morte. Os sintomas desenvolvem-se entre meia hora e duas horas após a ingestão do bivalve contaminado.

Cuidados Importantes com Biotoxinas

Há alguns aspetos cruciais a serem considerados em relação às biotoxinas em bivalves:

  • Fervura não as destrói: Ao contrário de algumas bactérias e vírus, as biotoxinas não são eliminadas durante a confeção. Portanto, mesmo cozinhando bivalves, o risco persiste.
  • Depuração não as elimina completamente: O processo de depuração, que envolve a limpeza dos bivalves, não é totalmente eficaz na eliminação das biotoxinas. Elas podem persistir em níveis que ainda representam riscos para a saúde.
  • Sabor, cheiro e cor: Bivalves contaminados com biotoxinas geralmente não apresentam sabor, cheiro ou cor distintos dos próprios para consumo. Portanto, é difícil detetar a presença dessas toxinas apenas com base nas características sensoriais deste alimento.

As biotoxinas em bivalves são um sério problema de segurança dos alimentos que requer atenção. Ao consumir bivalves, é essencial estar ciente dos tipos de biotoxinas e dos sintomas associados a intoxicações provocadas pelas mesmas. Além disso, selecionar fornecedores que garantem a origem segura dos bivalves é fundamental para evitar riscos para a saúde.


Aprender sobre estas toxinas é o primeiro passo para desfrutar dos sabores do mar em segurança. Para garantir a segurança dos bivalve que adquire siga estas 3 dicas que reunimos para si:

  • Acompanhar o estado das Zonas de Produção de bivalves através do IPMA;
  • Estabelecer relações de confiança com os produtores, centros de depuração e distribuidores;
  • Colaborar com as autoridades reguladoras sempre que necessário.

As biotoxinas marinhas representam uma preocupação importante e complexa para a segurança dos alimentos, particularmente no contexto dos bivalves. A simples cocção de bivalves não é uma solução para eliminar biotoxinas, e os processos de depuração podem apresentar uma eficácia limitada. Portanto, a chave para mitigar o risco reside numa abordagem multifacetada, que envolve a escolha de fornecedores confiáveis, a verificação da origem segura dos bivalves, a monitorização das zonas de produção e a colaboração ativa com as autoridades competentes.
Ao adotar uma postura de responsabilidade compartilhada, onde se incluem produtores, distribuidores, reguladores e consumidores, podemos minimizar os riscos das biotoxinas marinhas. A educação contínua e o compromisso com a segurança dos alimentos são fundamentais para garantir que as delícias do oceano sejam apreciadas de forma segura por todos.

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